quarta-feira, 30 de setembro de 2009

NO LEITO DE NEBRÍDIO



À época pensei, Nebrídio, que te recobrar para a vida
não dependia do bendito ato do batismo,
mas te levantarias pela memória dos nossos discursos,
pela vitória do bem na luta travada dentro de ti.

Errei – meu amor por ti exigia te recobrar para a vida,
enquanto eles, os humildes de Roma, movidos por outro amor,
lavavam tua mente da confusão de palavras
que encobria a simples imagem do paraíso.

Junto a teu corpo falecido, faleceram minhas idéias,
feitas de carne e sangue como a matéria de qualquer corpo.
Tua alma agora pode seguir para o céu,
e eu posso deixar as estradas do erro.

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