quinta-feira, 10 de setembro de 2009

MANUELA OU ANA KARENINA

Reduziu o universo à ponta do
alfinete que encurtava o seu decote.
Aguardava uma vertigem como
a um messias repentino.

Trocou sua família pela noite,
quando imergiu na confusão dos homens.
Desprendeu-se cônscia da morte,
mas impedida de recuperar o amor.

E foi disposta a ouvir todas as mentiras
que a consciência conta ao corpo,
e foi desabrigada sobre uma tempestade de medo,
e saltou sobre os trilhos da ferrovia.

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